19.4 C
Franca
abril 26, 2024
AgriculturaGestão RuralNotícias

Maquinário conectado melhora estratégias de manutenção do maquinário agrícola

O setor de agronegócio no Brasil vem apresentando um crescimento constante e, após a previsão de que a safra de soja no período de 2018/2019 deverá ser superior à dos Estados Unidos, até então líder mundial, agora a grande notícia é de que produção de café deve ser a maior da história, com uma colheita de quase 60 milhões de sacas beneficiadas de 60 quilos.

A estimativa sobre a produção de soja foi divulgada em maio pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, dando conta de que o Brasil deve produzir cerca de 117 milhões de toneladas, um pouco acima dos 116 milhões dos norte-americanos. Já a estimativa sobre a colheita de café foi divulgada em dezembro pelo IBGE, apontando um crescimento de mais de 33% em relação à safra passada.Para alcançar esses números, o setor de agronegócio investe alto em tecnologia e no desempenho do maquinário. Grandes produtores já perceberam a importância de contar com máquinas modernas e desenvolvidas para atender as necessidades e particularidades de cada tipo de solo e de clima, que variam conforme a região do Brasil, requerendo estratégias diferenciadas de manutenção.

Somente o setor de máquinas agrícolas, usadas no preparo do solo, plantio, aplicação de defensivos e colheita, junto com máquinas rodoviárias, deve movimentar US$ 16,7 bilhões em 2018, segundo a Anfavea (Associação Nacional de Veículos Automotores). E não podemos deixar de lado outros maquinários que compõem a cadeia do agronegócio, como os usados no processamento de leite, por exemplo.

A agricultura 4.0

O conceito 4.0, que em primeiro lugar foi adotado pelo setor de manufatura, leva para o campo um novo modelo de maquinário com diversas tecnologias de Internet das Coisas embarcadas, que demandam novos modelos de gestão e de manutenção, baseados na análise dos dados enviados em tempo real sobre o seu desempenho. Essa inteligência é fundamental para que os especialistas possam implantar sistemas de agricultura de precisão, conectando máquinas e serviços.

Com a adoção de tecnologias de IoT, os gestores do agronegócio esperam minimizar perdas, ajustar processos e maximizar resultados. Com a Internet das Coisas, a descoberta antecipada de um ataque de praga, por exemplo, permite atuar com defensivos em áreas pontuais, corrigir processos e evitar perdas, assim como garantir a confiabilidade e a disponibilidade do maquinário, estratégia fundamental para garantir mais segurança e eficiência na gestão de ativos.

Para crescer em um ambiente tão sujeito a variações como o setor agrícola, a informação é o principal insumo e mais do que nunca são os dados dos sensores embarcados em máquinas e equipamentos que vão permitir ao gestor tomar decisões mais assertivas sobre a estratégia de operação no campo, manutenção e também sobre as necessidades do negócio.

Conectividade garante uma melhor estratégia de manutenção

O uso de inovadoras tecnologias no agronegócio depende de conectividade, em que as Redes MESH aparecem como a melhor opção para garantir a troca de informações. Afinal, de que adianta investir em sensores e máquinas inteligentes que produzem um grande volume de dados que poderiam ser usados para melhorar a estratégia de manutenção e, também, de produção, se não há como extrair e analisar em tempo real essas informações? Sem conectividade, todos os dados precisam ser extraídos, cruzados e analisados manualmente, perdendo toda a agilidade necessária para manter a competitividade, a redução das perdas nas lavouras, e o aumento da eficiência operacional de seus ativos.

Em locais remotos, longe dos grandes centros urbanos, as Redes MESH aparecem como a melhor opção para garantir a troca de informações entre os dispositivos e os softwares de monitoramento e análise. Essa tecnologia de conexão consiste em nós (pontos) de rádio organizados em uma topologia MESH (em malha), que se conectam sem fios, e sem envolver uma operadora de telecom ou um provedor de serviços de internet, entregando um alto grau de escalabilidade, simplicidade, caráter colaborativo e com baixo custo de implantação, operação e manutenção.

Por Ricardo Hayashi, responsável por produtos para Conexões Inteligentes da Atech

Related posts

Doenças nas lavouras de café arábica alerta produtores

Fabrício Guimarães

Milho exportação recua, mas não tem compradores.

Fabrício Guimarães

Setor Leiteiro fecha ano com resultados positivos e boa perspectiva para 2020

Fabrício Guimarães

Deixe um comentário

Usamos cookies para melhorar sua experiência no site. Aceitar Leia Mais